3.7.11

O Corpo II

Fosse eu rainha desse teu destroço
Alma poderosa e pujante
Dona de tudo o que em ti corre
E de tudo o que em ti morre.

Fosse eu senhora do teu canastro
Soberana majestade da tua podridão
Trucidaria tua alma
Crucificaria teu coração
Fazia das tuas veias meus jardins
E dos teus ossos minha perdição.

Brados meus ecoariam no teu corpo
Só eu moraria em tal deleite
Consumias-te da minha alvura insalubre
E faço-te meu sem que ninguém suspeite
Corpos teus, suspiros meus
Teu sangue é seiva de Deus.

Aí cessei, aí fiquei, aí expirei.

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